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Estratégias de Inserção / Aconselhamento profissional / O que se entende por competências pessoais?

As competências pessoais são inerentes ao próprio indivíduo e dependem de alguns factores relacionados com as suas origens e com o seu desenvolvimento infantil. Aqui entramos no contexto da personalidade e do carácter dos indivíduos e desviamo-nos das questões sociais e profissionais. Assim, podemos considerar que as competências pessoais são influenciadas pelas características da personalidade e pelos traços de carácter dos indivíduos.

Considerando que a personalidade tem uma forte influência dos factores genéticos e que o carácter depende, essencialmente, das influências sentidas ao longo do desenvolvimento (principalmente, aquele decorrido na primeira infância), podemos concluir que a aquisição de competências pessoais depende da junção destes dois pilares do ser humano. As competências pessoais remetem para capacidades de autogestão, i.e., todos os requisitos relacionados com aspectos inerentes ao indivíduo e que, apenas a ele, cabe a sua organização e administração.

Assim, podemos designar algumas das capacidades inerentes às competências pessoais:

Autoconsciência

  • Autoconsciência emocional – A capacidade de leitura das próprias emoções e de reconhecer os seus efeitos; usar o «instinto» para orientar as decisões.
  • Auto-avaliação – conhecer as suas próprias forças e os seus próprios limites.
  • Autoconfiança – boa noção do seu próprio valor e das suas próprias capacidades.

Autogestão

  • Autodomínio emocional – ter os impulsos e as emoções destrutivas controlados.
  • Transparência – mostrar honestidade e integridade; ser de confiança.
  • Capacidade de adaptação – flexibilidade que permite adaptação a ambientes de mudança e a situações em que é necessário ultrapassar dificuldades.
  • Capacidade de realização – energia para melhorar o desempenho de forma a satisfazer padrões pessoais de excelência.
  • Capacidade de iniciativa – estar pronto para agir e aproveitar oportunidades.
  • Optimismo – ver o lado positivo dos acontecimentos.

Consciência Social

  • Empatia – apreender as emoções dos outros, compreender o ponto de vista deles e estar activamente interessado nas questões que o ocupam.
  • Consciência Organizacional – Captar as «ondas», as redes de decisão e as políticas que atravessam a organização.
  • Espírito de serviço – reconhecer e satisfazer as necessidades dos subordinados e dos clientes.

Gestão das Relações

  • Liderança Inspiradora – utilizar visões irresistíveis para orientar e motivar as pessoas.
  • Influência – dominar um conjunto de tácticas de persuasão.
  • Capacidade para desenvolver os outros – desenvolver as capacidades dos outros dando-lhes feedback e orientação.
  • Catalisador de mudança – iniciar novas orientações e gerir e orientar pessoas nos novos caminhos.
  • Gestão de conflitos – resolver desacordos e disputas.
  • Criar laços – cultivar e manter redes de relações.
  • Espírito de equipa e colaboração – cooperação e capacidade para gerar espírito de equipa.